domingo, 1 de julho de 2012

Dez fatos chocantes sobre os Estados Unidos


1. Maior população prisional do mundo
Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.
2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.
3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo. O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.
4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.
5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.
6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas as mulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.
7. Todos os imigrantes são obrigados a jurar não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.
8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.
9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.
Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.
10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.
A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.
Fonte: retirado do Opera Mundi
Artigo originalmente publicado no portal galego Diário Liberdade

sábado, 30 de junho de 2012

CIA traficava drogas para financiar guerras


No início da “guerra contra as drogas”, em 1971, os EUA já desenvolviam ao mesmo tempo o tráfico de heroína no Sudeste Asiático

Após várias décadas da “guerra contra as drogas”, acompanhada por um custo colossal em vidas humanas e recursos materiais, os narcotraficantes hoje são mais fortes do que nunca e controlam um território maior do que em qualquer época.
Nos últimos seis anos, ocorreram no México mais de 47 mil assassinatos relacionados ao tráfico de drogas. O número de mortes foi de 2.119, em 2006, para cerca de 17 mil, em 2011. Em 2008, o Departamento de Justiça estadunidense advertiu que as OTDs (Organizações de Tráfico de Drogas), vinculadas a cartéis mexicanos, estavam ativas em todas as regiões dos Estados Unidos. Na Flórida atuam máfias associadas ao cartel do Golfo, aos Zetas e à Federação de Sinaloa. Miami é um dos principais centros de recepção e distribuição de drogas. Além dos mencionados, outros cartéis, como o de Juárez e o de Tijuhana, operam nos Estados Unidos.
Os cartéis do México ganharam maior força depois que substituíram os colombianos de Cali e Medellín nos anos 1990 e controlam agora 90% da cocaína que entra nos Estados Unidos. O maior estímulo ao narcotráfico é o alto consumo estadunidense. Em 2010, uma pesquisa nacional do Departamento de Saúde revelou que aproximadamente 22 milhões de estadunidenses maiores de 12 anos consomem algum tipo de droga.
Esses, que são apenas alguns dos mais inquietantes dados estatísticos, permitem questionar a eficácia da chamada “guerra contra as drogas”. É impossível crer que exista realmente uma vontade política para por fim a este flagelo universal quando observamos o papel desempenhado pelo narcotráfico a serviço da contra-revolução, para a expansão das transnacionais e para as ambições geopolíticas dos Estados Unidos e outras potências.
Tráfico da CIA
Repassemos, em síntese, a história recente. A administração de Richard Nixon, ao iniciar a “guerra contra as drogas” (1971), desenvolve ao mesmo tempo o tráfico de heroína no Sudeste Asiático com o propósito de financiar suas operações militares nessa região. A heroína produzida no Triângulo de Ouro (de onde se unem as zonas montanhosas do Vietnã, Laos, Tailândia e Mianmar) era transportada em aviões da “Air America”, propriedade da CIA (Agência Central de Inteligência).
Em uma conferência de imprensa televisionada em primeiro de junho de 1971, um jornalista perguntou a Nixon: “Senhor presidente, o que você fará com as dezenas de milhares de soldados estadunidenses que regressam viciados em heroína?”.
As operações do “Air America” continuaram até a queda de Saigon em 1975. Enquanto a CIA transportava ópio e heroína do Sudeste Asiático, o tráfico e consumo de drogas nos Estados Unidos se convertia em tragédia nacional. O presidente Gerald Ford solicitou ao Congresso, em 1976, a aprovação de leis que substituíssem a liberdade condicional com a prisão, estabelecessem condenações mínimas obrigatórias e negassem as fianças para determinados delitos envolvendo drogas.
O resultado foi um aumento exponencial do número de condenados por delitos relacionados com o tráfico e consumo de drogas e, por conseguinte, conversão dos Estados Unidos no país com maior população prisional do mundo. O peso principal desta política punitiva caiu sobre a população negra e outras minorias.
As administrações estadunidenses durante os anos 1980 e 1990 apoiaram a governos sul-americanos envolvidos diretamente no tráfico de cocaína. Durante a administração Carter, a CIA interveio para evitar que dois dos chefes do cartel de Roberto Suárez (rei da cocaína) fossem levados a juízo nos Estados Unidos. Ao ficar livres, puderam regressar a Bolívia e atuar como protagonistas no golpe de estado de 17 de julho de 1980, financiado pelos barões da droga. A sangrenta tirania do general Luis García Meza foi apoiada pela administração de Ronald Reagan.
A participação mais conspícua da administração Reagan no narcotráfico foi o escândalo conhecido como “Irã-Contras” cujo eixo mais propagandeado foi a obtenção de fundos para financiar o conflito nicaragüense mediante a venda ilegal de armas ao Irã, mas está bem documentado, ademais, o apoio de Reagan, com este mesmo propósito, ao tráfico de cocaína dentro e fora dos Estados Unidos.
O jornalista William Blum explica essas conexões em seu livro “Rogue State”. Na Costa Rica, que servia como Frente Sul dos “contras” (Honduras era a Frente Norte) operavam várias redes “CIA-contras” envolvidas com o tráfico de drogas. Estas redes estavam associadas com Jorge Morales, colombiano residente em Miami. Os aviões de Morales eram carregados com armas na Flórida, voavam à América Central e regressavam carregados de cocaína. Outra rede com base na Costa Rica era operada por cubanos anti-castristas contratados pela CIA como instrutores militares. Esta rede utilizava aviões dos “contras” e de uma companhia de venda de camarões que lavava dinheiro da CIA, no translado da droga aos Estados Unidos.
Em Honduras, a CIA contratou a Alan Hyde, o principal traficante nesse país (“o padrinho de todas as atividades criminais” de acordo com informações do governo dos Estados Unidos), para transportar em suas embarcações abastecimento aos “contras”. A CIA, de volta, impediria qualquer ação contra Hyde por agências anti-narcóticos.
Os caminhos da cocaína tinham importantes estações, como a base aérea de Ilopango, em El Salvador. Um ex-oficial da CIA, Celerino Castillo, descreveu como os aviões carregados de cocaína voavam em direção ao norte, aterrizavam impunemente em vários lugares dos Estados Unidos, incluindo a base da Força Aérea no Texas, e regressavam com dinheiro abundante para financiar a guerra. “Tudo sob o guarda-chuva protetor do governo dos Estados Unidos”.
A operação de Ilopango se realizava sob a direção de Félix Rodríguez (aliá, Max Gómez) em conexão com o então vice- presidente  George H. W. Bush e com Oliver North, quem formava parte da equipe do Conselho de Segurança Nacional de Reagan.
Em 1982, o diretor da CIA, William Casey, negociou um “memorando de entendimento” com o fiscal geral, William French Smith, que exonerava a CIA de qualquer responsabilidade relacionada às operações de tráfico de drogas realizadas por seus agentes. Este acordo esteve em vigor até 1995.
Reagan e seu sucessor, George H. W. Bush, patrocinaram o “homem da CIA no Panamá”, Manuel Noriega, vinculado ao cartel de Medellín e à lavagem de grandes quantidades de dinheiro procedentes da venda da droga. Quando Noriega deixou de ser útil e se converteu em estorvo, os Estados Unidos invadiram Panamá (20 de dezembro de 1989) em um bárbaro ato sem precedentes contra o direito internacional e a soberania de um país pequeno.
Michael Ruppert, jornalista e ex-oficial do setor de narcóticos, apresentou em 1997 uma larga declaração, acompanhada de provas documentais aos comitês de inteligência (“Select Intelligence Committees”) de ambas Câmaras do Congresso. Em um dos parágrafos afirma: “A CIA traficou drogas não só durante a época dos “Irã-contras”, mas o tem feito durante todos os cinqüenta anos de sua história. Hoje lhes apresentarei evidências que demonstrarão que a CIA, e muitas figuras que se fizeram célebres durante o ‘Irã-contras’, como Richard Secord, Ted Shackley, Tom Clines, Félix Rodríguez e George H. W. Bush , venderam drogas aos estadunidenses desde a época do Vietnã”.
Em 1999, sob a administração de Bill Clinton, os Estados Unidos bombardearam impiedosamente o povo iugoslavo durante 78 dias. De novo aqui aparece o narcotráfico no fundo das motivações. Os serviços de inteligência dos Estados Unidos e seus homólogos da Alemanha e Reino Unido utilizaram o tráfico de heroína para financiar a criação e o equipamento do Exército de Libertação de Kosovo. A heroína proveniente da Turquia e da Ásia Central passava pelo Mar Negro, Bulgária , Macedônia e Albânia (Rota dos Bálcãs) com destino a Itália.
Com a destruição da Sérvia e o fortalecimento – desejado ou não – da máfia albanesa, a administração Clinton deixava livre o caminho da droga desde o Afeganistão até a Europa Ocidental. De acordo com informes da DEA e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, cerca de 80 % da heroína que se introduz na Europa passa através de Kosovo.
“Planos” Colômbia
Várias administrações estadunidenses, e em particular a de George W. Bush, foram cúmplices do genocídio na Colômbia. A “guerra contra as drogas” sustentada pelos Estados Unidos com recursos financeiros multimilionários, assistência técnica e volumosa ajuda militar, não conseguiu deter o fluxo de cocaína e, pelo contrário, tem sido determinante no surgimento e desenvolvimento dos grupos paramilitares a serviço dos proprietários de terras com plantações de drogas, e também como pretexto para manter o domínio sobre os trabalhadores e a população camponesa. O Plano Colômbia resultou num completo fracasso, mas serviu como tela de fundo para a ingerência dos Estados Unidos no país e mostrou claramente seu verdadeiro objetivo, a contra-revolução.
Muitas vezes se esquece que o narcotráfico é provavelmente o negócio mais lucrativo dos capitalistas. Com a guerra na Colômbia lucram as empresas químicas que produzem os herbicidas, a indústria aeroespacial que abastece helicópteros e aviões, os fabricantes de armas e, em geral, todo o complexo militar-industrial. Os bilhões de dólares que gera o tráfico ilegal de drogas, também incrementam o poder financeiro das corporações transnacionais e da oligarquia local.
A recente declaração do Secretariado de Estado Maior Central das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), em vista do quadragésimo oitavo aniversário do início da luta armada rebelde, denuncia este vínculo drogas-capital: “os lucros do narcotráfico se convertem em terras, inundam os bancos, as finanças, os investimentos produtivos e especulativos, a hotelaria, a construção e a contratação pública, resultando funcionais e necessários no jogo de captação e circulação de grandes capitais que caracteriza a capitalismo neoliberal de hoje. Igualmente ocorre na América Central e no México”.
O Nafta (Acordo de Livre Comércio da Amperica do Norte) obrigou numerosos camponeses, ante a competitividade de produtos agrícolas estadunidenses, a cultivar em suas terras papoula e maconha. Outros, frente à alternativa de trabalho escravo nas indústrias “maquiladoras”, preferem ingressar nas redes mafiosas da droga.
O grande aumento do tráfico de mercadorias através da fronteira e dos controles bancários para combater o terrorismo, provocou a lavagem de dinheiro dos bancos até as corporações comerciais. A complexidade e o volume das operações financeiras, e o fluxo instantâneo e constante de capitais ‘on line’, tornam extremamente difícil seguir o rastro das transações ilícitas.
Uma das conseqüências do Nafta é a impunidade quase total que acompanha o fluxo de narcodólares em ambos lados da fronteira. Igualmente como no México, um tratado de livre comércio recentemente em vigor na Colômbia estimulará a violência, o narcotráfico e a repressão sobre os trabalhadores e camponeses. A “Iniciativa Mérida”, apor sua vez, é somente a versão ‘México-Centroamericana’ do Plano Colômbia.
Devemos meditar sobre o fato de que em todos os cenários de onde os Estados Unidos têm intervindo militarmente, principalmente naqueles onde tem ocupado a sangue e fogo o território, o narcotráfico, sem diminuir, como seria de esperar, está multiplicado e fortalecido. No Afeganistão, o cultivo de papoula se reduziu drasticamente durante o governo dos talebãs para alcançar logo, sob a ocupação estadunidense, um crescimento acelerado. O Afeganistão é atualmente o primeiro produtor de ópio do mundo, mas, ademais, já não exporta somente em forma de pasta para seu processamento em outros países, mas fabrica a heroína e a morfina em seu próprio território.
Se nos atemos aos fatos históricos, poderíamos afirmar que a política dos Estados Unidos não tem sido a de “guerra contra as drogas”, senão a de “drogas para a guerra”.

Fonte: opera mundi
Artigo original da da alainet.org publicado e traduzido pela Brasil de Fato.

sábado, 16 de junho de 2012

Bayeux e o trabalho infantil



Bayeux segue na contramão do combate ao trabalho infantil que subiu 28.98%, entre crianças e adolescente entre 10 e 15 anos de idade, nos últimos 10 anos na cidade.
Por outro lado o trabalho infantil no Brasil entre crianças e adolescentes anos caiu 13,44% entre 2000 e 2010. Continuando este índice na Paraíba também diminuiu, chegando a uma redução de 42,28% no estado.
No caso do nosso Estado, a redução foi 29,80%, saindo de de 55.213 crianças e adolescentes ocupados, em 2000, para 38.757, em 2010, ou seja, menos 16.456 nessa faixa etária estavam trabalhando.
É de se constar que houve uma inversão em 2000 a presença de crianças e adolescentes no trabalho era maior entre moradores da área rural, dez anos depois passou a ser maior entre moradores da zona urbana. Os dados mostram ainda que atualmente são 33.911 crianças e adolescentes da área rural ocupadas e 35.597 do universo urbano, há dez anos, eram 52.341 e 46.573, respectivamente.
Como Bayeux é uma cidade predominantemente urbana, temos que encarar esta realidade e buscar a melhor forma de combater o trabalho infantil.

        Ao usar este texto, mantenha os links e faça referência ao autor: FREITAS, Rafael. texto: Bayeux e o trabalho infantil. Bayeux, PB. Publicado 16/06/2012, em: http://oespacodasideias.blogspot.com/

terça-feira, 12 de junho de 2012

Bayeux: sua realidade.


 O próximo prefeito da cidade e os demais vereadores têm a missão de tirar de Bayeux do atraso, a população carece de diversos serviços, o transporte público é falho, escasso e conta com ônibus sucateados, o transito é uma desorganização total, as principais ruas Av. liberdade e Engenheiro de Carvalho vivem abarrotadas de veículos, a sinalização deixa a desejar, não existem outras vias melhor estruturadas para transitar na cidade ou sequer um único semáforo em funcionamento.

A infra-estrutura é pouca, nos bairros são ruas sem calçamento, esgoto a céu aberto, nunca na história desta cidade se teve a iniciativa de construir um programa de habitação em parceria com o estado e a federação para retirar as famílias das áreas de risco perto do mangue e a tragédia anunciada se repete, quando a maré enche famílias precisam ficar alojadas em escolas e crianças ficam sem aulas por ingerência de nossos representantes.

Numa cidade periférica, onde vivemos a sombra de João Pessoa, precisamos de uma educação que consiga conquista os jovens, precisamos tirar 15,5% das pessoas do analfabetismo, para que eles não sejam arrastados para o crime e/ou as drogas, para que no futuro as “feras” que a própria sociedade criou não responda com violência a ausência do poder público na forma da educação, aí neste momento, os injustos clamarão pela “moto preta” que tanto conhece os becos e ruas deste cidade esquecida, porque neste século 21 de tantos avanços tecnológicos é fácil tirar uma vida que educá-la.

 É incompatível para o atendimento médico de uma população de 99.716 habitantes a existência de 35 leitos, as reformas precisam priorizar a criação de leitos, contratação de pessoal e compra de equipamentos e não construções de fachadas modernas para esconder filas longas e aflição na espera de um atendimento.

Por fim, creio que a criação de emprego e incentivo ao comércio local são coisas também importantes porque acredito que qualquer cidadão de Bayeux tem preferência por trabalhar aqui, mas como cada um tem suas responsabilidades e emprego hoje é coisa que precisamos lutar para ter, seja em João Pessoa ou qualquer outra cidade que ofereça oportunidades lá iremos buscá-lo. De acordo com a Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Bayeux conta com 80 empresas, que empregam 3.685 pessoas o que é muito pouco levando em conta a população da cidade.

Espero ter contribuído a análise da realidade, pois só fazendo crítica e autocrítica é que as coisas avançam assim nos ensina a dialética.

Ao usar este texto, mantenha os links e faça referência ao autor: FREITAS, Rafael. texto: Bayeux: sua realidade. Bayeux, PB. Publicado 12/06/2012, em: http://oespacodasideias.blogspot.com/

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sonda soviética encontrou água na lua em 1976.


Em 1976, uma sonda espacial soviética foi enviada à Lua, perfurou a sua superfície deste satélite e encontrou água, o fato foi publicado no jornal Geokhimiia, que contava com versões em inglês e russo.

Este o estudo apresentado pelos soviéticos jamais foi mencionado por qualquer outro periódico científico sequer, como parte da propaganda anticomunista que queria mostrar ao mundo que o socialismo não conseguia acompanhar o “avanço tecnológico” capitalista. O socialismo sempre esteve a frente na corrida tecnológica mandou o primeiro satélite ao espaço, Sputnik, o primeiro animal, Laika, o primeiro ser humano, Yuri Gagarin, a primeira mulher, Valentina Tereshkova, tinham 500 horas a mais de experiência no espaço que os norte americanos, Valentina Tereshkova passou mais tempo no espaço que todas as missões capitalistas juntas, o desespero era total, não poderiam permitir que o seu adversário comunista sempre estive um passo a frente. O mais curioso é que os norte-americanos também estavam em busca de água na Lua, mas nunca conseguiram provar a existência da substância, apesar de terem trazido 300 quilos de amostras à Terra, coletadas durante suas missões ao satélite.
A descoberta russa nunca ter sido divulgada prejudicou os avanços científicos por décadas. Até o ano de 2006 os cientistas subestimavam a quantidade de água presente na Lua. Hoje em dia, a quantidade estimada é bem superior, sendo de uma parte por milhão.
A sonda soviética realizou a viagem em agosto de 1976, realizou uma perfuração na superfície da Lua de aproximadamente dois metros de profundidade, regressando à Terra com aproximadamente 230 gramas de amostra, dos quais 0,1% correspondia à água.

Ao usar este texto, mantenha os links e faça referência ao autor: FREITAS, Rafael. Artigo: Sonda soviética encontrou água na lua em 1976. Bayeux, PB. Publicado 5/06/2012, em: http://oespacodasideias.blogspot.com/

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Estudantes vão à luta e conquistam auxílio-moradia na UFPB


A universidade que queremos ainda está distante. Com as cotas e a expansão provocada pelo Reuni, uma parcela maior dos estudantes pobres consegue, enfim, realizar o sonho de ingressar na universidade.
Mas ao ingressarem na universidade, estes estudantes precisam acordar para a luta, pois conseguir permanecer na universidade é um desafio às vezes até maior do que entrar: gasta-se um valor absurdo com a aquisição de apostilas devido ao déficit do acervo das bibliotecas; paga-se passagens de ônibus caríssimas para se deslocar até a UFPB para assistir aula; e fica-se refém da especulação imobiliária, pagando-se pesados aluguéis para morar mais próximo da universidade.
Esta última questão da moradia é um problema seríssimo para centenas de estudantes que vêm do interior estudar na UFPB.  O que vemos na política de assistência estudantil de nossa universidade nesta área é uma residência com vagas limitadas e sucateada, obrigando os residentes a morar em quartos quentes, mofados, mal planejados.
Mesmo assim, todo ano centenas de estudantes se submetem  à disputa de uma vaga na Residência e não conseguem ser contemplados. No último dia 14, estava prevista a divulgação do resultado de mais uma seleção para a Residência Universitária. Mais uma vez os estudantes estavam para se dividir entre os felizes contemplados, que conseguiriam um local para morar e aqueles que teriam que "se virar" ou desistir de seu sonho. Todos os concorrentes esperavam há mais de 1 mês, sem saber o destino de suas vidas. Muitos deles estavam aglomerados como hóspedes na residência universitária, chegando-se às vezes a ter até 9 pessoas por quarto.
Porém, este ano a banda tocou diferente. Sob a direção da Correnteza, que alertou estes estudantes para a necessidade de lutar pelo seu direito à moradia universitária, através de reuniões, assembleias e trabalho corpo-a-corpo, os candidatos a residentes se mobilizaram e pressionaram a Pró-reitoria de Assistência e Promoção do Estudante a atender sua demanda. Após ocupação na sala do Pró-reitor de Assistência Estudantil e dura negociação, os estudantes conseguiram mais 50 bolsas auxílio-moradia.
Mas ainda não é o suficiente, 52 vagas no bloco novo foram incluídas para esse semestre e a obra está atrasada em mais de 1 ano, falta todo o mobiliário para os quartos novos, muitos estudantes não conseguem alugar quartos ou vagas, por não terem fiador, nem fiança, exigências do mercado imobiliário.
Agora é continuar a luta dos estudantes da UFPB por seu direito à assistência estudantil. Vamos à luta, companheiros estudantes!!!

Alexandra Camilo, presidente do CA de Estatística e membro da coordenação do Movimento Correnteza - UFPB